quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O dia do cliente

Data reforça a importância de desenvolver ações de relacionamento

Hoje, 15 de setembro, em 14 estados brasileiros e 167 municípios comemora-se oficialmente o Dia do Cliente. Criada pelo consultor João Carlos do Rego, a data homenageia essa fugura tão importante, já que o cliente é a única razão de existir todos os produtos e serviços das empresas. A iniciativa foi criada a partir da constatação de que a fidelização e o relacionamento com o cliente são ações pouco desenvolvidas no País. "Este dia é fundamental para o comércio, pois aprimora relações comerciais, estimula ações de capacitação profissional para a prestação de serviços de melhor qualidade e cria novas oportunidades de negócios" explica Rego.

Por isso, o Dia do Cliente foi feito para ser um dia de homenagens e de agradecimentos. "Um dia para mostrarmos aos clientes o quanto eles são importantes. Um dia para promoções especiais, campanhas de vendas, anúncios, campanhas publicitárias, ações de marketing promocional, decorações, brindes e tudo o mais que puder ser feito para reverenciar a figura do cliente", completa. O propósito da data está em promover uma ampla conscientização coletiva a respeito da importância da figura do cliente.

Estrategicamente, a data de homenagens e agradecimentos ao cliente foi escolhida para ser no dia 15 de setembro, por não haver nada no calendário comercial. Segundo João Carlos, há diferenças entre cliente e consumidor, cuja data é comemorada em 15 de março. "Consumidor é aquele que compra para seu próprio uso e não para revender, já cliente é o que compra com o caráter da habitualidade de um mesmo fornecedor; a figura do antigo freguês", explica.

Confiança do consumidor volta a subir

Índice de agosto atingiu marca recorde de 155 pontos


O Índice Nacional de Confiança ACSP/Ipsos de agosto atingiu a marca recorde de 155 pontos, ante 144 em julho e 128 em agosto de 2009. O último recorde ocorreu em abril e maio deste ano, os dois com 150 pontos. Para Alencar Burti, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), o consumidor está no auge do seu otimismo, se preparando para o final de ano, que será favorável para as vendas em geral. "O resultado de agosto não foi diferente do que vinha ocorrendo com o ânimo do consumidor nos meses anteriores. E está dentro das nossas expectativas de um excelente último quadrimestre para as vendas deste ano", disse Alencar Burti.

Segundo o estudo, as regiões norte e centro-oeste continuam sendo as mais otimistas em agosto com 200 pontos, contra 176 pontos em julho passado. Depois vem a região sul com 163 pontos em agosto, contra 142 em julho. A sudeste ficou com 159 pontos em agosto, acima dos 153 pontos em julho. A nordeste continua a menos otimista com 130 pontos, ainda assim 7 pontos acima de julho passado (123 pontos). A classe C continua liderando o otimismo com 164 pontos em agosto (151 pontos em julho/junho), vindo a seguir a classe A/B com 140 pontos, contra 133 em julho passado. Finalmente, a classe D/E com 133 pontos em agosto praticamente estável em relação ao mês anterior - com 134 pontos.

Consumidor consciente dos direitos

Pesquisa revela que brasileiros reconhecem os avanços nas leis


O consumidor brasileiro está mais consciente dos direitos e reconhece avanços nas leis que os garantem, como o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, que completou 20 anos em 11 de setembro. Este é um dos resultados da Pesquisa do DataSenado, realizada de 25 a 30 de julho, em 119 municípios, incluindo todas as capitais do país.

O levantamento - que ouviu 1.176 brasileiros maiores de 16 anos por telefone fixo - mostrou que a maioria das pessoas, ao sair às compras, sabe da existência de uma legislação específica para proteger dos abusos cometidos por empresas e prestadores de serviços. De acordo com a pesquisa, 84% dos entrevistados já ouviram falar no Código de Defesa do Consumidor e 98% conhecem a existência do Programa de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon).

A pesquisa quis saber, ainda, se o brasileiro acha que vale a pena reclamar quando um produto comprado apresenta problemas e descobriu que quase 90% dos participantes acham válido reivindicar seus direitos de consumidor. Na hora de protestar, o mais comum é que o próprio vendedor seja procurado (82%). Em segundo lugar, os brasileiros recorrem ao Procon (43%).

Também foi possível constatar otimismo do consumidor brasileiro na solução de problemas com mercadorias e serviços: 35% acham que o consumidor sai ganhando quando reclama - o percentual representa quase o dobro dos que acreditam que o consumidor sai perdendo nessa situação (18% dos entrevistados). A expectativa positiva aumenta à medida que crescem a escolaridade e a renda, chegando a 42% entre os entrevistados com nível superior de escolaridade.

A existência do Código de Defesa do Consumidor, instituído pela lei federal 8.078/1990, melhorou o comportamento dos comerciantes brasileiros na opinião de 68% dos entrevistados. Na Região Sul, 70% responderam que os comerciantes apresentaram uma mudança positiva por causa da lei, enquanto na Região Norte a mesma percepção foi apontada por 61% dos entrevistados.

Quanto à eficiência da legislação brasileira em proteger o consumidor, os participantes tiveram opiniões divididas. Enquanto 43% afirmaram que a legislação é suficiente para protegê-los na hora de fazer compras, 57% disseram não acreditar na força dessa lei. Por outro lado, quando avaliam todo o sistema de proteção ao consumidor no país, 39% dos entrevistados acham que a estrutura de proteção é ótima ou boa. Apenas 10% disseram que o sistema de proteção é ruim ou péssimo. Outros 47% disseram que o sistema é regular, indicando que a legislação brasileira e os órgãos de defesa ainda podem melhorar na proteção dos consumidores