quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Custo da construção desacelera para 0,37% em janeiro, diz FGV

Por: Gladys Ferraz Magalhães
26/01/11 - 08h37
InfoMoney


- Em janeiro, o brasileiro gastou 0,37% a mais paraconstruir, segundo informações do INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta quarta-feira (26).
A variação é 0,22 ponto percentual menor do que a registrada em dezembro de 2010, quando ficou em 0,59%. Nos últimos 12 meses, o INCC-M, que é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês atual, tem variação acumulada de 7,42%.

Grupos
No primeiro mês do ano, o grupo Materiais e Equipamentos e Serviços registrou alta de 0,42%, resultado superior ao apurado um mês antes, de 0,13%. A maior contribuição para o resultado do grupo veio do subgrupo Serviços, que passou de 0,25% para 1,21% no período analisado.

O subgrupo Materiais e Equipamentos também apresentou aceleração em janeiro, passando de 0,09% para 0,22%.
No que diz respeito ao grupo Mão de Obra, a variação foi de 0,32% este mês, frente a 1,08% no último mês do ano passado. Aqui, a maior contribuição para o resultado veio do item especializado, cujo índice ficou em 0,51%.

Influências
No geral, as maiores influências positivas para o resultado apurado no primeiro mês de 2011 foram as seguintes: vale transporte (de 0,05% para 4,87%), condutores elétricos (de 1,91% para 4,11%) e taxas de serviços e licenciamentos (de 0,00% para 2,85%).

Por outro lado, as maiores influências negativas foram de materiais para instalação hidráulicas (de 0,38% para -0,15%), madeira para telhado (de 0,42% para -0,11%) e placa cerâmicas pára revestimento (de 0,54% para -0,16%)

Capitais
Considerando as sete capitais estudadas pela FGV no primeiro mês de 2011, três apresentaram aceleração.

Vendas da indústria de material de construção crescem 12,14% em 2010

Por: Gladys Ferraz Magalhães
20/01/11 - 10h05
InfoMoney

– O faturamento resultante da venda de materiais deconstrução  no mercado interno em 2010 cresceu 12,14% em relação 2009, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pela Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção).
Na comparação entre dezembro de 2010 e 2009, a expansão foi de 6,96%. Já no confronto mensal do último mês do ano passado com novembro houve queda de 8,88%.
No geral, diz a Abramat, o resultado das vendas em 2010 ficou próximo ao atingido em 2008, apresentando queda de apenas 1,57%. No que diz respeito ao comportamento das vendas dos materiais básicos e de acabamentos, para o mesmo período, a entidade diz que houve diferenças significativas, já que o primeiro apresentou queda de 6,38% e o segundo alta de 9,37%.

Materiais de base e acabamento
No ano, o faturamento com as vendas de materiais básicos aumentou 10,62%. Na comparação entre dezembro de 2010 e 2009, houve alta de 1,40%. Na relação mensal, entretanto, as vendas caíram 8,29%.

Quanto aos materiais de acabamento, o levantamento apontou crescimento de 15,15% no ano passado, em relação ao ano anterior.
Em dezembro, houve alta de 17,91% no faturamento, frente ao décimo segundo mês de 2009. Porém, no confronto com novembro, as vendas recuaram 9,86%, no último mês de 2010.

Nível de emprego
Em relação ao nível de emprego na indústria de materiais de construção, o estudo indica que em dezembro houve avanço de 7,16%, em relação ao mesmo mês de 2009. Na comparação com novembro, houve alta de 0,03%.

Na indústria de materiais básicos, o número de empregados no mês passado cresceu 7,45% ante o mesmo período de 2009. No confronto mensal, houve alta de 0,32%.
Já na indústria de materiais de acabamento, o número de funcionários no último mês do ano anterior avançou 6,58% em relação ao mesmo mês de 2009. Na comparação com novembro, houve queda de 0,56%.

Expectativa
Para os próximos meses, as expectativas da Abramat apontam para a continuidade do crescimento, porém, em ritmo menos intenso. A previsão de fechamento para este ano é de 9% de alta sobre 2010.

Consumidor precisa avaliar habilidade ao reformar a casa por conta própria

Por: Gladys Ferraz Magalhães
21/01/11 - 14h40
InfoMoney

- Pintar uma parede, trocar o encanamento e até mesmo o interruptor parecem coisas simples. Contudo, na opinião do gerente sênior de marketing da Irwin - empresa especializada em ferramentas - Henri Le Bourlegat, antes de optar pelo “faça você mesmo”, o consumidor deve avaliar se possui habilidade suficiente para que a economia não se transforme em prejuízo.
“Uma pessoa que não tem muita habilidade pode provocar um curto-circuito ao trocar um interruptor, por exemplo. Também acontece muito de pessoas que não sabem utilizar bem uma furadeira terem prejuízo”, diz.

O que fazer?
No geral, diz ele, as pessoas só devem optar pelo faça você mesmo em atividades mais simples, como trocar tomada e instalar luminárias.

Para as atividades mais elaboradas é necessário recorrer a um profissional, visto que além da questão econômica, ao fazer reparos ou mesmo reformar partes da casa é preciso considerar questões como segurança, experiência e tempo.
Abaixo, uma lista com algumas ferramentas que podem ser úteis para pequenos reparos dentro de casa e que não correm o risco de não serem mais utilizadas depois:
Trena - preço médio de R$ 5 a R$ 40
Alicate - preço médio de R$ 20 a R$ 25
Estilete - preço médio de R$ 5 a R$ 10
Martelo - preço médio de R$ 10 a R$ 20
Chave de fenda - preço médio de R$ 20 a R$ 30

Faltam engenheiros: como será o futuro do País?

Por: Equipe InfoMoney
27/01/11 - 13h55
InfoMoney


– O ano de 2011 mal começou e a demanda porprofissionais capacitados já tira o sono dos gestores que precisam dar início aos novos projetos corporativos.
Eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas estão colocando o País em foco, e é necessário correr atrás do tempo perdido para que até os eventos o Brasil conte com infraesturuta e profissionais de qualidade.
Áreas mais promissoras no País, petróleo e gás e indústria automobilística, sofrem com a escassez de talentos. Somente esse bloco necessita de cerca de 34 mil engenheiros.
Na avaliação do diretor de operações da Sampling Planejamento, Fernando Quintella, houve estagnação nos investimentos em alguns negócios, com exceção do setor de petróleo e gás, porém a formação de mão de obra não acompanha esse ritmo.
“Como ninguém vai esperar que os brasileiros se formem, o número de estrangeiros vai continuar crescendo”, diz.

Poços sem talentos
Áreas como Geologia, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho também vivem momentos complicados. Segundo Quintella, o problema aí é bem mais profundo, já que existe carência na formação desses profissionais.

“Isso torna as profissões de soldadores, mecânicos, eletricistas, técnicos de segurança, técnicos de instrumentação, geólogos e biólogos visadas e concorridas”, analisa.
Ainda de acordo com o executivo, a questão da falta de mão de obra qualificada prejudica o desenvolvimento da indústria petrolífera nacional porque obriga que contratemos profissionais de fora do Brasil, a custos muito superiores, além de retardar o desenvolvimento profissional e social de nosso povo.
“Grandes empresas como a Petrobras e suas empreiteiras, além de outras empresas multinacionais operadoras desse segmento estão em busca de profissionais capacitados e qualificados”, explica.
"Além dos salários em crescimento gradativo, as principais vantagens para um trabalhador ingressar na área de Petróleo e Gás estão em ter a segurança de que haverá demanda por um longo período e a probabilidade de desenvolvimento na sua carreira e de galgar novas profissões, devido aos avanços tecnológicos que são exigidos e praticados", completa.

Aluguel e condomínio elevam gastos com habitação em janeiro

Por: Equipe InfoMoney
26/01/11 - 16h46
InfoMoney


Os gastos com aluguel residencial e condomínio estão entre as principais altas de habitação registradas no mês de janeiro.
Segundo dados do IPCA-15  (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), divulgados nesta quarta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os preços dos aluguéis subiram 1,23% em janeiro na comparação com dezembro. Já os condomínios registraram aumento de 1,28% no mesmo período.
No mês anterior, os gastos com aluguel tinham apresentado variação de 0,73%, enquanto com condomínio a taxa tinha sido de 1,04%.
No mês, o grupo Habitação registrou taxa de 0,60%, o que representa alta de 0,09 ponto percentual (p.p.) ante a variação de dezembro (0,51%). Gastos com encargos e manutenção registraram alta de 0,92%. Nos últimos 12 meses, a elevação do grupo foi de 5,50%, sendo que os gastos com encargos e manutenção registraram alta de 6,82%.

Cidades
No mês, os consumidores das cidades de Goiânia e Belo Horizonte sentiram as maiores altas do aluguel, de 1,91% e 1,80%, nesta ordem. A menor alta foi verificada em Belém, onde o aluguel subiu 0,52%. No período, os consumidores de São Paulo e Distrito federal sentiram as maiores elevações dos condomínios, de 1,86% e 1,70%, respectivamente.

No acumulado dos últimos 12 meses, os consumidores que sentiram mais os aumentos foram os do Distrito Federal e Fortaleza, no caso do aluguel, com alta de 13,75% e 12,01%, respectivamente. Já os do Rio de Janeiro foram os que sentiram mais o aumento dos condomínios, de 11,22%.

De olho no meio ambiente

Márcia Cristiane Mattos da Rocha, 43 anos, é professora de Ciências e orientadora tecnológica no Colégio Estadual Gama Hilton, localizado na cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Sempre que pode, Márcia propõe aos seus alunos do Ensino Fundamental II trabalhos voltados para a área ambiental. Em 2008, ao observar o problema alarmante do lixo nas imediações da escola, a professora levou seus alunos para uma saída de campo, em que os jovens puderam observar e fotografar os problemas ambientais e urbanos do espaço onde viviam. “A situação do lixo, até hoje, é o que mais chama atenção nas redondezas da escola. Entulhos e esgotos vazando estão nos locais onde os alunos passam”, conta. Após as saídas de campo, a professora promoveu debates na sala. Nas aulas de informática, os alunos associaram redações sobre a preservação do meio ambiente às fotos tiradas. As melhores produções foram expostas na escola num mural intitulado “Você faz a diferença no meio em que vive”. Para Márcia, o trabalho é importante e não pode cair no esquecimento. “É um trabalho de formiguinha, que se cair no esquecimento não adianta nada. O governo tem muito para fazer ainda, afinal o lixo continua lá”, alerta a professora.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Faça o segundo negócio: aposte no pós-venda

Mais difícil que conseguir um novo cliente, é mantê-lo. E a forma de se relacionar com o cliente é o que vai diferenciar uma empresa da outra. Com esta mudança no mercado, o pós-venda deixa de ser um serviço adicional e passa a ter um papel estratégico.

Mas no mercado imobiliário, qual a tática ideal para realizar um bom pós-venda? O corretor de imóveis Nielsen Ubiratã, que atua na região de Florianópolis/SC, mostra esta preocupação. Assim que o cliente já tem as chaves de seu apartamento, orienta que a secretária entre em contato e faça uma pesquisa de satisfação. “Procuramos saber se o imóvel foi entregue em perfeitas condições, se faltou alguma documentação ou se o cliente precisa de alguma informação adicional. Diante das respostas, eu faço um novo contato e repasso os dados que faltaram”, explica.

E o trabalho vale a pena. Ubiratã explica que essa atenção a mais ao cliente costuma gerar um retorno entre 10% e 20% dos novos contatos. “Sempre tem um parente ou um amigo que está interessado na compra de um imóvel. A prospecção é valida, nem que seja para apenas passar informações sobre o mercado imobiliário,” comenta.

Especialista dá as dicas

O publicitário e diretor da Fine Marketing, Fernando Adas, explica que um bom pós venda contempla três etapas. A primeira delas é a avaliação do grau de satisfação com a compra realizada. Para isso é necessário o corretor avaliar se o cliente está satisfeito com a aquisição e se mantém o sentimento de que fez um bom investimento. “O profissional pode dar subsídios ao cliente, informando-o sobre a construção, valorização, obras de entorno, de modo a sensibilizar o cliente pela boa compra realizada,” completa.

A segunda etapa, segundo Adas, é a sondagem de novas necessidades em função da compra realizada, que abrangem desde alternativas de linha de crédito, possibilidades de personalização da obra ou eventuais problemas contratuais com a construtora. “O corretor pode e deve manter-se atento a estas necessidades para que reforce sua posição de formador de opinião em futuras aquisições do cliente,” explica.

A terceira e última etapa é o direcionamento de ofertas motivado pela sondagem bem feita. Adas afirma que o corretor pode sugerir linhas de crédito alternativas, possibilidades de venda do imóvel com valorização excepcional ou até um convite para uma feira de design. “Estas são ações pertinentes e relevantes que podem ser realizadas e que ajudam a manter a imagem positiva do profissional”, ressalta.

Porém, determinadas atitudes são fatais para o processo de pós-venda ir por água abaixo. E oferecer sem uma sondagem prévia é uma delas. “Muitas vezes, o corretor dirige ofertas ao cliente, sem uma sondagem de suas necessidades. Isso torna o seu trabalho irrelevante e reforça uma imagem de pouca atenção ao cliente,”finaliza.

Veja como usar o FGTS

Utilizar o imóvel comprado ou construído como residência é uma das condições exigidas para sacar o dinheiro do fundo

Os recursos do FGTS podem ser utilizados na compra de imóveis urbanos, novos ou usados, de até R$ 500 mil, em transações à vista, com financiamento ou consórcio. Respeitado o mesmo limite, também é possível sacar o dinheiro do fundo para construção, financiada ou não.

Nos financiamentos, o saldo do FGTS serve tanto como entrada como na amortização ou quitação da dívida. Nos consórcios imobiliários, pode ser utilizado em lances ou na complementação do valor da carta de crédito.

Em todos os casos, é necessário se enquadrar nas seguintes condições:

- Não ser proprietário de imóveis no município, cidades vizinhas ou região metropolitana onde se viva ou trabalhe.

- Não ter outro imóvel financiado pelo SFH em qualquer parte do Brasil

- Ter trabalhado sob o regime do FGTS por pelo menos três anos, consecutivos ou não

- Utilizar o imóvel comprado ou construído como residência

- No caso de compra, adquirir casa ou apartamento registrado no cartório de imóveis da região

- Adquirir imóvel que não tenha sido objeto de transações com o FGTS nos últimos três anos

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Programa Minha Casa, Minha Vida precisa ter valores finais revisados, afirma empresário

O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) divulgou nesta quarta-feira (12/01) um balanço do segmento imobiliário em 2010. De acordo com o órgão, foram comercializadas 31 mil unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. Para os próximos anos, a diretoria do Secovi acredita que o mercado continuará apresentando resultados positivos, mantendo crescimento sustentado próximo à variação do PIB (Produto Interno Bruto).

Alexandre Lafer Frankel, diretor-presidente da Vitacon – incorporadora focada em bairros nobres e valorizados de São Paulo – acredita em um crescimento maior do que o previsto pelos especialistas. “No mercado em que a Vitacon atua acredito em um crescimento de dois dígitos, acima da previsão do Secovi. Um índice próximo ao PIB é muito conservador”, afirma.

Para sustentar esse aumento previsto para os próximos anos, Frankel afirma que é preciso rever o Plano Diretor de São Paulo. “É fundamental permitir o adensamento nas regiões que dispõem de infraestrutura ou próximo a regiões complementares”, comenta.

Outra medida importante é a revisão do programa Minha Casa, Minha Vida a fim de ampliar o valor final dos imóveis a serem financiados, contemplando empreendimentos localizados em regiões mais valorizadas, com maior infraestrutura e que ofereçam qualidade de vida aos moradores.

Fonte: Portal VGV

Perspectiva de estabilidade dos preços dos imóveis

Depois da forte alta de 2009, os preços dos imóveis tendem à estabilidade, avalia o sindicato da construção (Secovi). "As construtoras já estão detectando que lançamentos com preços "mais ousados" estão sendo vendidos com menos velocidade, o que aponta para a acomodação", disse o presidente do sindicato, João Crestana. Confirmada a tendência, é um indicador positivo do mercado imobiliário, pois a demanda cresceu demais e passou-se a temer o risco de bolha no setor, com efeitos danosos para as empresas, os compradores e a economia.

Entre janeiro e novembro de 2010 foram comercializadas 31 mil unidades novas na cidade de São Paulo, mil a mais do que no ano de 2009. Se as vendas atingirem 36 mil unidades até dezembro, como estima o Secovi, o crescimento terá sido de 20% em relação a 2009, abaixo do recorde de 39 mil, em 2007. Na região metropolitana de São Paulo, foram comercializados 57 mil imóveis novos, menos do que o recorde de 63 mil, de 2008.

Predominaram os lançamentos de imóveis de dois dormitórios (48%), seguindo-se os de três dormitórios (31%). Em 39% dos imóveis vendidos, a área útil oscilou entre 46 m² e 65 m², confirmando a tendência de redução da área em decorrência dos aumentos de preço. Unidades com 66 m² a 85 m² representaram 22% das vendas. Na capital, se dependesse apenas da demanda, o volume de vendas de 2010 teria sido maior. As construtoras e incorporadoras enfrentaram dificuldades para ampliar o número de lançamentos, por causa da escassez de lotes.

Além da capital e região metropolitana, é certo que o crescimento da oferta e das vendas foi maior no interior, onde a disponibilidade de áreas a custos mais baixos permite atender os mutuários de baixa renda, interessados nos subsídios do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Preços estáveis favorecem muito os compradores, que podem adquirir a casa própria sem açodamento, ou seja, sem o risco de aquisição por impulso. Para as empresas, 2011 poderá ser menos difícil para a aquisição de áreas, objeto de verdadeiros leilões, nos últimos meses, elevando artificialmente os preços dos terrenos mais disputados.

Mais emprego, renda e crédito sustentaram os avanços do setor, em 2010. É, de fato, provável que a euforia tenha ficado para trás, justificando a afirmação do economista Affonso Pastore de que o aumento de preços dos últimos anos não foi anomalia. "Anômala era a situação anterior, em que não havia crédito", disse Pastore em entrevista ao Estado.

Fonte:Estadão / SP, O Estado de S.Paulo

Financiamento: chave para a casa própria

Nos últimos anos, o Brasil assistiu ao incremento significativo em seu crédito imobiliário, cujas consequências sociais e econômicas são inegáveis: maior acesso da população à casa própria e crescimento das atividades da construção civil, com geração de renda e emprego.

Uma conjunção de fatores possibilitou essa escalada. Entre eles destacam-se a estabilidade econômica, a recuperação da renda da população, o crescimento do emprego formal e a flexibilização das condições de financiamento com linhas de crédito com prazo ampliado de até 30 anos, redução da taxa de juros e prestações mais acessíveis, além de novos produtos e prestações sem atualização e maior cota de financiamento.

Mas, mesmo com todo esse avanço, o crédito imobiliário no Brasil ainda é muito baixo. Números do Banco Central indicam que em outubro de 2010 ele correspondia a modestos 3,7% do Produto Interno Bruto. Isso significa que os financiamentos habitacionais a pessoas físicas e cooperativas habitacionais totalizaram, naquele mês, R$129,1 bilhões, com crescimento de 40,6% no ano e de 51,5% nos últimos 12 meses. O que chama atenção é que esse percentual é superior ao observado em períodos recentes. Em dezembro de 2004, por exemplo, ele era de inacreditáveis 1,3% do PIB.

Vale lembrar que a literatura econômica internacional é pacífica em afirmar os bons resultados socioeconômicos para a nação quando esse número corresponde a 50% do PIB. Portanto, o país ainda pode, deve e precisa crescer muito nessa área. Nesse contexto, vale lembrar também que o processo de concessão de crédito imobiliário brasileiro é bem mais eficiente e seguro do que os de outras economias.

A boa notícia é que as expectativas sinalizam que o processo de expansão observado nos últimos anos continuará e deve se acelerar. De acordo com projeções da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o financiamento imobiliário poderá totalizar 11% do PIB em 2014. Sem dúvida, um avanço para o país que, por longos anos, vivenciou completa estagnação nessa área.

Estudo realizado pela Fundação João Pinheiro demonstra que o déficit habitacional nacional é de mais de 5,5 milhões de moradias. A grande maioria – quase 90% do total – está concentrada nas famílias com renda até três salários mínimos. Esses números evidenciam a importância de se manter a habitação na pauta de prioridades das políticas públicas. Pode-se afirmar que existe uma grande demanda que precisa ser atendida e muito espaço para um incremento ainda maior do crédito habitacional.

Não existem dúvidas de que o ambiente para expansão do financiamento imobiliário é positivo. Mas é urgente ampliar a discussão sobre novas fontes de recursos para o sistema. A Abecip estima que nos próximos dois anos poderá ocorrer uma escassez dos recursos da caderneta de poupança. Estima-se também que a relação crédito imobiliário/PIB poderá alcançar 4% por agora. Mas esse percentual ainda é muito baixo e várias vezes menor do que o registrado em outras economias.

De toda forma, é necessário destacar que o Brasil parece ter encontrado a chave para abrir a porta da casa própria para as famílias que fazem parte da triste mazela social chamada déficit habitacional. Mas é necessário manter essa porta aberta para que um maior número de pessoas consiga passar por ela. É preciso estabelecer estratégias eficientes e duradouras, sem perder de vista os objetivos. O horizonte parece estar bem mais claro, mas o desafio é grande. O país precisa vencê-lo.

* Diretor de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) *Publicado em 17/01/2011 / Estado de Minas / Imóveis





Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis acontece de 08 a 10/06 em Brasília

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) promoverá em 2011, a terceira edição do Encontro Nacional dos Corretores de Imóveis – III ENBRACI e terá como tema: "Cenários, oportunidades e perspectivas do Mercado Imobiliário Brasileiro".

O objetivo será o de promover o debate a respeito do mercado imobiliário nacional no cenário global.

O evento proporcionará a oportunidade de obter informações qualificadas sobre as tendências e perspectivas do setor imobiliário e será uma oportunidade única e rara de falar diretamente com quem é formador de opinião, induz investimentos e principalmente reverbera as tendências de mercado e de consumo.

Estão programadas palestras e painéis de debate, multidisciplinar e multiplicador de informações, rodada de negócios e salão de exposições.

Os temas do ENBRACI serão definidos pelos próprios interessados, por meio de uma enquete publicada na página do evento e os participantes, patrocinadores e apoiadores poderão escolher temas e assuntos de seu interesse.

O ENBRACI 2011 inova e terá uma Rodada de Negócios especialmente programada para unir interessados em negócios imobiliários.

É, sem dúvida, o mais importante evento do setor imobiliário do Brasil!

Informações: http://www.enbraci.com.br/





Águas de Março

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL FECHADO, COMPOSTO POR 250 LOTES, DE DIMENSÕES VARIADAS, SENDO EM SUA MAIORIA COM 13x28m E ÁREAS VARIANDO DE 349m² A 746,25m². O CONDOMÍNIO TEM UMA ÁREA TOTAL DE 189.913,87m², DISTRIBUÍDA EM 97.699,69m² DE ÁREA DE LOTES, 10.772,76m² DE ÁREA DE RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO, 38.480,46m² DE ÁREAS VERDES E EQUIPAMENTOS CONDOMÍNIO E 42.960,96m² DE ÁREAS DE RUAS.


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Do sonho ao pesadelo

DOMINGO, 16 DE JANEIRO DE 2011 01:00 Mercado Imobiliário
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No condomínio, moradores queixam-se da falta de acessibilidade às próprias residências, entre outros problemas. No detalhe, projeto apresentado pela construtora no momento da venda
O boom na construção civil já se reflete no volume de reclamações registradas pelo Procon nos últimos anos
O que era para ser o sonho da casa própria tem se tornado um transtorno para várias pessoas que adquiriram imóveis residenciais nos dois últimos anos, principalmente, por acreditar nas facilidades de aquisição anunciadas por meio do programa 'Minha Casa, Minha Vida', que recebe subsídios do governo federal e é realizado em parceria com a Caixa Econômica Federal e prefeituras.

O boom na construção civil, gerado pelo número de empreendimentos motivados pelo incentivo, já se reflete também no volume de reclamações contra construtoras registrado pelo Procon no Paraná, como também no restante do Brasil, que no ano passado dobrou em relação a 2008, passando de 211 para 449 no último ano. Em Ponta Grossa, problemas evidenciados no condomínio residencial no trevo da Santa Paula, fora do programa federal, já haviam exigido inclusive intervenção do Ministério Público Federal.
Dados divulgados recentemente pela Caixa Econômica indicam que até o final de 2010, foram contratados com participação do banco público sete empreendimentos imobiliários dentro do Minha Casa, Minha Vida, com a construção de mais de 3,2 mil unidades na cidade. Neste ano, serão construídas mais cerca de mil casas em Ponta Grossa, com subsídio do governo federal, com investimento de mais de R$ 37 milhões, no Cará-cará e Contorn

Os preços das casas em 70 grandes cidades até 6,4% em dezembro (NA CHINA)



Os preços das casas em 70 principais cidades chinesas subiram 0,3 por cento no mês em relação ao mês em dezembro e 6,4 por cento ano a ano, o Escritório Nacional de Estatísticas disse hoje.

A taxa de crescimento anualizada de 7,7 por cento em novembro, fazendo de Dezembro, o oitavo mês consecutivo de abrandamento do crescimento de um pico de 12,8 por cento em abril do ano passado, quando o governo intensificou controles para conter os preços.

preços de casas novas subiu 7,6 ano por cento no mês do ano passado e 0,3 por cento no mês em mês, enquanto os preços de casas em segunda mão subiram 5 por cento em termos homólogos e 0,5 por cento no mês em mês, disse um comunicado no site da agência.

Propriedade volume de vendas, em termos de espaço, foi-se 11,5 por cento ante o ano anterior para 218.080 mil metros quadrados no mês passado, eo valor das vendas aumentou 21,9 por cento para mais de 1.020.000 milhões de iuanes (155,000 milhões dólares EUA).

As vendas de imóveis de todo o ano passado subiu 10,1 por cento em termos homólogos para 1,04 mil milhões de metros quadrados, eo valor de vendas foi de 18,3 por cento, para 5,25 trilhões de yuans, disse.

Imóvel ano passado o investimento subiu 33,2 por cento ano a ano para 4,83 trilhões de yuans. Só em dezembro, 557 bilhões de yuans foram investidos no setor imobiliário, um aumento de 12 por cento por ano. 


domingo, 16 de janeiro de 2011

Faça sua simulação de seu financiamento

 Na internet, basta acessar o site Caixa Econômica Federal: www.caixa.gov.br/habitacao/index.asp e clicar no link “Simulador”.
Além disso, no site da Tenda (tenda.com) também existe um link para o simulador.
Mas, se preferir, basta ir até uma das 29 lojas da Tenda, que um vendedor vai auxiliá-lo em uma simulação e tirará todas as suas dúvidas.

Classes C e D: 54% não são bancarizados

Não-bancarizados. Essa é a denominação dada às pessoas que não possuem produtos e serviços financeiros em instituições bancárias. Estudo encomendado pela Mastercard ao Instituto Ipsos com o objetivo de conhecer o comportamento do público das classes C/D em relação aos hábitos financeiros e de consumo em geral mostra que 54% das pessoas desse segmento ainda não são bancarizadas.

Já ao analisar apenas a relação dos bancarizados das classes C e D com produtos financeiros, a pesquisa concluiu que  80% possuem cartão de débito; 69%, conta corrente; 52%, poupança; e 49%, cartão de crédito. O dinheiro, porém, continua tendo um papel importante na vida desses consumidores, que destinam uma média de R$ 47 por mês para o uso do cartão de débito e de R$ 100 para o cartão de crédito.

"Embora a estabilidade econômica tenha alimentado a expansão do mercado de crédito e de produtos financeiros como os meios eletrônicos de pagamento, este é um segmento que apresenta muitas oportunidades de crescimento, especialmente nas camadas de menor renda da população", explica Marcelo Tangioni, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Mastercard Brasil.

"Desta forma, a Mastercard está trabalhando para aproveitar o potencial desse mercado, promovendo a bancarização por meio da expansão do uso dos cartões de débito e criando estratégias para a utilização dos cartões pré-pagos - que são uma das formas para a inclusão financeira da população e para a  promoção da formalização da economia. Em um País onde 18,3% do PIB vem da economia informal, isto é extremamente relevante", completa o executivo.

Brasil é o segundo país mais otimista

Para 73% dos brasileiros, 2011 será melhor que o ano que passou, superando com folga a média global, de 42%. Os países mais otimistas do mundo são Nigéria (83%), Brasil (73%), Vietnã (73%), China (67%), Gana (64%), Argentina (60%) e Bangladesh (60%).

Esse é um dos resultados da pesquisa Barômetro Global de Otimismo, realizada pelo Ibope Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), que tem por objetivo medir a expectativa da população mundial para o ano seguinte, através dos indicadores de esperança e descrença.

A América Latina é a região mais otimista no mundo, liderada pelo Brasil. O segundo continente mais otimista é a África, puxado por Nigéria e Gana, apesar do impacto negativo dos indicadores de Egito e Camarões. A Ásia é o terceiro, favorecido pelos bons números de China e Vietnã.

Já os países árabes prevêem continuidade em 2011 em relação a 2010. Os países que formavam o antigo bloco soviético, por sua vez, não têm boas perspectivas: apenas 27% estão otimistas. A Europa é o continente mais temeroso em relação a 2011, apesar dos bons indicadores apresentados pelos países nórdicos.

No Brasil, o otimismo de 73% apontado em relação a 2011 é o mais alto da série histórica, mantendo o mesmo patamar de 2009 (71%). Em 30 anos, o indicador do otimismo brasileiro praticamente dobrou: em 1980 os otimistas eram 38%, em 1990 eram 49%, em 1997 eram 59% e, neste ano, 73%.

O indicador atualizado reflete o ótimo momento da economia brasileira, remetendo a outros picos significativos de otimismo experimentados em 1994 (68%), no auge do Plano Real, e em 1989 (60%), com a vitória da campanha pelas eleições diretas.

A pesquisa Barômetro Global de Otimismo ouviu mais de 64 mil pessoas em 53 países, representando 76% da população mundial. A margem de erro da pesquisa global está estimada em torno de 3,5 pontos percentuais, com 95% de intervalo de confiança.

Famílias da classe C serão 41% em 2020

Dados da pesquisa desenvolvida pela consultoria Plano CDE, especializada no universo das classes C, D e E, revelam que em dez anos a classe C aumentará significativamente sua capacidade de consumo. A explicação se deve tanto ao crescimento das famílias desse grupo, que serão 28,7 milhões em 2020 e representarão das 41% famílias brasileiras, quanto ao aumento constante da massa de renda, cuja participação saltou de 28% para 32%, entre 2002 e 2008.

"Esses fatores somados à enorme mobilidade social vivida pela classe C irão sustentar o potencial de crescimento desse público no mercado de consumo", observa Luciana Aguiar, antropóloga e sócia diretora da Plano CDE, que, para desenvolver o levantamento, ouviu 1.600 pessoas das classes A, B, C, D e E, de São Paulo e do Recife.

Nesse cenário de evolução, a classe C também se destaca em relação à distribuição de renda, registrando aumento de 28% para 34%, de 2002 a 2008. Para Luciana Aguiar, o avanço de alguns aspectos sociais contribuiu para esse progresso, como o aumento no emprego formal, a evolução contínua de indicadores educacionais e a ampliação das políticas sociais relacionadas à transferência de renda e aumento real do salário mínimo.

"Com essa presença significativa da classe C no mercado de consumo é possível observar o movimento de aproximação do comportamento desse consumidor brasileiro para o padrão típico de países desenvolvidos", avalia a pesquisadora, ao citar a tendência natural de transformação da massa pobre em um grupo minoritário, com nítida concentração regional e protegido por políticas sociais.
Com relação às classes D e E, a pesquisa revela que, para 2020, o número de famílias pertencentes a esses grupos se manterá estável, respectivamente em 15,3 milhões e 11,7 milhões.
 

Construtoras atrasam entrega de imóveis

Naiana Oscar, de O Estado de S.Paulo
 O ciclo agressivo de crescimento do mercado imobiliário brasileiro começou há dois anos, mas só agora os reflexos negativos desse boom estão chegando ao consumidor. Levantamento feito no Tribunal de Justiça de São Paulo mostra que o número de processos contra construtoras aumentou 159% entre 2008 e 2010, passando de 202 para 523.
Alguns dos empreendimentos lançados no momento de euforia do setor estão atrasados, o que gerou a corrida de proprietários insatisfeitos à Justiça. As construtoras viraram alvo até de uma ação do Ministério Público de São Paulo.
Há pouca informação disponível sobre como estão evoluindo as reclamações. O advogado Marcelo Tapai se especializou em processos contra construtoras e fez por conta própria uma pesquisa no Tribunal de Justiça de São Paulo. "Cerca de 90% dos processos foram motivados por atraso na entrega das chaves", afirma.
A MRV, por exemplo, tinha apenas 5 processos tramitando na Justiça paulistana em 2008. Em setembro deste ano, eram 70 - ou 14 vezes mais. A empresa é uma das que mais tem faturado com o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, voltado para a população de baixa renda. Para reduzir custos, e enquadrar os preços dentro da faixa estabelecida pelo programa, a empresa mineira adotou uma estratégia agressiva de crescimento, com canteiros de obras maiores e mais imóveis por empreendimento.
A Tenda, braço da Gafisa no segmento imobiliário econômico, tinha 95 processos em 2008 e 196 até setembro deste ano. A assessoria de imprensa da empresa contestou os números apresentados pelo advogado, mas não quis divulgar o que eles dizem ser os "dados corretos".
As empresas alegam que o atraso na entrega dos imóveis é pontual e "insignificante" diante do volume de lançamentos dos últimos dois anos. Dizem que os poucos casos registrados são consequência da falta de mão de obra e da dificuldade para obter os documentos nos órgãos de fiscalização - procedimentos que não acompanharam a agilidade e o crescimento do setor. Só na Região Metropolitana de São Paulo, foram lançados 26,8 mil imóveis no primeiro semestre deste ano, contra 14,3 mil no mesmo período do ano passado.
Segundo Tapai, os problemas enfrentados agora pelos clientes são reflexo da injeção de capital que essas empresas receberam principalmente em 2007 com a realização de ofertas públicas iniciais na bolsa. "As construtoras se preocuparam em investir os recursos nos lançamentos, mas esqueceram do pós venda e da construção", diz o advogado.
Vida real. O gerente financeiro Ricardo Nozeia, 32 anos, comprou um apartamento no fim de 2008. Desde então, vinha organizando a festa de casamento, a compra dos móveis e a mudança. Ele esperava sair da casa dos pais em abril deste ano, mas teve de adiar os planos para 2011 porque o apartamento ainda não ficou pronto.
Nozeia e a noiva transferiram a festa de casamento, suspenderam a entrega dos móveis e retomaram a peregrinação atrás de um novo imóvel.
"Já estamos recebendo presentes dos padrinhos e não temos onde colocar." O casal não quer mais negociar com a construtora Ecoesfera, responsável pelo empreendimento. Eles acabaram de entrar na Justiça para reaver o que já investiram no apartamento e pedir uma indenização. "Pagamos R$ 150 mil, só que não encontramos mais imóveis semelhantes por esse preço. Por isso, queremos uma indenização."
Em geral, as construtoras podem atrasar a entrega da obra em até 180 dias, sem sofrer nenhuma consequência. "Só que essa tolerância não existe para o consumidor", diz o ex-promotor de defesa do consumidor do MPE-SP, Paulo Sérgio Cornacchioni. Ele foi o autor dos sete inquéritos contra as construtoras e hoje ocupa o cargo de procurador de Justiça.
Cornacchioni defende a extinção do prazo de tolerância que beneficia as construtoras e a definição de uma multa pelo atraso. A sugestão do procurador é que a punição seja de 2% do valor do imóvel, com juros e correção monetária.

Imóveis interrompem trajetória de alta

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo
 O preço do imóvel dá sinais de estar próximo do topo, após forte escalada das cotações nos últimos dois anos. O valor médio dos apartamentos de um dormitório lançados na cidade de São Paulo, por exemplo, mais que dobrou entre 2008 e 2010 na comparação com os dois anos anteriores, segundo levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Índices de valorização de dois dígitos, na faixa de 40% a 65%, também foram registrados nos imóveis de dois, três e quatro dormitórios no mesmo período.
Mas, segundo especialistas, já existem no mercado imobiliário indícios de um ajuste de preços em curso. Em outubro, por exemplo, os preços médios dos negócios fechados com imóveis usados caíram 3,53% na capital paulista em relação ao mês anterior, revela pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). O levantamento, que é feito com 529 imobiliárias, mostra também que houve retração de 25,6% no número de imóveis usados comercializados, na mesma base de comparação.
Os primeiros sinais de acomodação também começaram a aparecer no mercado de imóveis novos. A velocidade de vendas dos apartamentos novos na cidade de São Paulo em relação ao total ofertado, que estava em 26,4% em setembro, caiu para 23,5% em outubro, o último dado disponível, segundo o Secovi-SP, entidade que reúne as empresas ligadas ao setor da habitação.
João Crestana, presidente do Secovi-SP, observa que a média anualizada da velocidade de vendas caiu para 17% em setembro, depois de ter batido em 25% sete meses antes. "O indicador está voltando para o nível normal, que é algo entre 10% e 15%."
Crestana lembra que, até 2008, o mercado imobiliário ficou parado e os preços estavam defasados cerca de 15 anos. Com maior oferta de crédito imobiliário, queda de juros e controle da inflação, os negócios deslancharam e os valores também. "Minha percepção é de que os preços estão hoje onde podiam chegar. Com a oferta mais ajustada à demanda, agora eles devem se acomodar", afirma.
Limite
Para o diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia, em algumas regiões os preços do metro quadrado dos imóveis novos "claramente chegaram ao limite". A pedido do Estado, ele fez um levantamento dos bairros da capital paulista e arredores em que, na opinião dele, o valor médio do metro quadro da área útil atingiu o teto. O universo de preços pesquisados foram os empreendimentos residenciais lançados entre janeiro e outubro de 2010, comparados com janeiro de 2007 e dezembro de 2009.
Pompéia detectou, por tipo de empreendimento, sete regiões onde a valorização foi excessiva. Unidades de dois e três dormitórios na Vila Olímpia, por exemplo, tiveram os preços do metro quadrado de área útil corrigidos em 126% e 135%, respectivamente, para valores de R$ 9.134 e R$ 9.929 no período. Movimento semelhante de alta ocorreu em Alphaville/ Tamboré, Tatuapé, Vila Clementino, Vila Maria, Vila Madalena e ABC paulista.
O especialista destaca o caso dos apartamentos novos de três quartos lançados na Vila Maria, cujo preço do metro quadro teve alta de 68% em três anos, de R$ 2.700 para R$ 4.250. "Nada justifica um valor tão elevado neste e em outros bairros". Ele chega a essa conclusão ao analisar os benefícios oferecidos por outras regiões. No caso da Vila Maria, ele observa que se trata de um bairro na periferia da cidade, quase encostado em Guarulhos, e que mantém perfil industrial.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O corretor de imóveis estará entre as cinco melhores profissões do futuro

Estamos em pleno século XXI e numa constante mudança tecnológica, de comportamento. Diante desse quadro, o profissional precisa reavaliar conceitos e ações, porque só assim ele estará à frente no mercado. Mas quem são os corretores de imóveis do Século XXI? Como agem? Qual seu perfil? Estas são questões a serem respondidas por Otávio Bruno Sá, diretor da Neo Ponto, que fará uma palestra sobre o tema: "O corretor de Imóveis do Século XXI", durante o Corretor Show. O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de novembro no Rio de Janeiro, reunindo os melhores profissionais e debatendo tendências do mercado imobiliário. 

Como você define o perfil do corretor de imóveis do século XXI?

Antes de tudo, o profissional do século XXI é atualizado, tanto no que se refere a conteúdo, quanto ao contato com as novas tecnologias, antenado às tendências mercadológicas. Dessa forma, é um profissional que consegue prever acontecimentos e se antecipar a eles, é um visionário. 

O que diferencia o antigo e o novo profissional?

A maneira de pensar e agir do novo profissional é atualizada. Seu tempo é valioso, daí sua ligação com as novas tecnologias e a busca pela excelência constante. 

De que forma este profissional encara seus clientes? Que técnicas de vendas e comportamento que este novo corretor se vale para fidelizar clientes e fazer bons negócios?

O profissional do século XXI deve pensar em seus clientes de maneira profissional e objetiva, priorizando o bom relacionamento para atender, acima de tudo, as reais necessidades do cliente. Sem este foco as técnicas de venda perdem seu efeito, sendo irrelevantes. O trabalho de um corretor é assessorar e assegurar que o cliente faça sempre o melhor negócio, com essa preocupação a fidelização é o resultado de um relacionamento ético e saudável, que coloca o fechamento do negócio como consequência ao respeito das necessidades do cliente. A ideia basicamente é, “eu perco o negócio, mas não perco o cliente”, aliás dessa forma você fideliza o cliente garantindo muito mais negócios. 

De que forma você avalia os profissionais do mercado atualmente? A grande maioria tem o perfil de um corretor do século XXI? Se não, o que é necessário para que alcance este perfil?

Partindo do princípio que estamos vivendo na era do conhecimento, onde o conteúdo relevante e as informações privilegiadas colocam os profissionais em patamares diferentes, temos um despreparo generalizado no mercado. A busca por informações ainda não faz parte do cotidiano dos profissionais do mercado, e partindo do pressuposto de que um corretor deve assessorar seu cliente, estar seguro e informado é fundamental para o relacionamento e aumento de confiança entre os dois. Dessa forma, infelizmente a grande maioria dos profissionais do mercado não tem o perfil do corretor do século XXI. Mas isso não acontece apenas com eles, a falta de informação, ou da busca por ela, impede a análise do presente e visão de futuro, deixando sempre o profissional para trás, sem se antecipar aos fatos, apenas seguindo as tendências, nunca encabeçando elas. Hoje existem vários eventos de qualidade voltados para os mais diversos setores, assim como para corretores, mas o que observo é a baixa adesão dos profissionais. 

Um exemplo da falta de visão de futuro é a quantidade de negócios perdidos oriundos da Copa do Mundo, que acabaram passando para as mãos de grupos de investidores internacionais e olha que para entender esse evento não é preciso tanto estudo e previsões, pois o mesmo já está no calendário. 

De corretor de imóveis a consultor especializado

Já são 15 universidades no país que oferecem o curso superior em Gestão de Negócios Imobiliários. Cerca de 15% dos corretores de imóveis no Brasil possuem a formação. E a tendência é que cada vez mais a especialização diferencie um profissional do outro. No curso, os acadêmicos aprendem sobre direito imobiliário, matemática, finanças, engenharia, arquitetura, topografia, informática, entre outras disciplinas. Com o aprendizado, saem preparados para trabalhar em administradoras de imóveis e condomínios, escritórios de corretagem e de advocacia, incorporadoras e outros estabalecimentos afins.

O Cofeci – Conselho Federal de Corretores de Imóveis – apóia a graduação e reconhece a importância dela nas negociações. “A formação superior do corretor de imóveis dá mais segurança nas transações imobiliárias. Passa mais credibilidade para as pessoas que vão adquirir seus imóveis”, avalia Oscar Hugo Monteiro Guimarães, vice-presidente para assuntos pedagógicos do Cofeci.

Para o professor, palestrante e autor de livros como “Sucesso com Inteligência”, Nailor Marques Júnior, a formação em nível superior ou de pós-graduação dos corretores de imóveis trouxe uma dignidade à classe antes nunca vista. “É visível a passagem evolutiva do corretor para o negociador, do recebedor de comissão para o consultor especializado que recebe honorários, do profissional que intermedia simplesmente uma relação de compra ou locação para um solucionador de problemas de um cliente”, acrescenta.

O estado que possui mais opções de curso é Santa Catarina: três universidades catarinenses oferecem a graduação. Mas o curso já existe em todas as regiões do país.
O assunto foi abordado na entrevista com a corretora de imóveis Viviane dos Santos e gerou discussão entre os usuários do Redimob
Por: Redação Redimob. | sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 



É importante a fidelidade ao corretor de imóveis, pois a relação de confiança e comprometimento de ambas as partes traz muito mais tranquilidade. Esta foi a opinião de 62% dos internautas que participaram do Opine, do dia 09 de dezembro a 15 de janeiro. 

No mês de dezembro, o Redimob levantou a questão, onde entrevistou a corretora de imóveis de Novo Hamburgo (RS), Viviane Luckmann dos Santos, que semanalmente escreve para o Blog “Corretora.com”. Viviane afirma que não só o número de opções de imóveis, mas a grande concorrência também prejudica a situação. “Como a maioria dos profissionais é remunerado por comissão, os clientes são muito disputados no mercado,” ressalta.

Viviane apontou soluções, que em sua opinião, poderiam incentivar a fidelidade ao corretor de imóveis. “No meu ponto de vista além do cadastro único, se o mercado trabalhasse com contratos de trabalho, onde o cliente contrata o profissional para encontrar um imóvel, prevendo todas as situações da negociação, todos trabalhariam mais tranquilos".

Ao contrário do que acontece com outros profissionais, como médicos, dentistas, que apostamos nossa confiança em apenas uma pessoa, o profissional do mercado imobiliário não vive essa mesma realidade. O corretor de imóveis atua em um ambiente altamente competitivo, onde é comum os clientes procurarem diversos profissionais para comprar ou vender seu imóvel. Com isso, abre-se uma guerra para ver quem fecha negócio primeiro. O cliente pode achar que é mais vantajoso, mas entre os profissionais que estão nessa briga, o clima de insegurança se faz presente. Trabalhar com segurança é a melhor maneira de gerar bons resultados.

Com 31% dos votos, os internautas também acham que a fidelidade ao corretor de imóveis é importante, pois deste modo o corretor tem mais informações sobre todas as situações que envolvem o negócio, podendo assim melhor direcioná-lo. Mas 7% não concordam com esta fidelidade, pois é mais vantajoso apostar na concorrência de mercado e ter vários profissionais analisando suas necessidades.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Venda Valor, não preço!

Por Paulo Araújo
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Você pagaria um milhão de dólares em um anzol de luxo? Olha que é feito com ouro dezoito quilates, brilhantes e tem detalhes em rubi. Esta caro, né? Mas se eu fosse um lambari eu preferiria ser fisgado por esse anzol. Já que irei para o além que seja de uma forma “chic”. Agora quero lhe vender uma pizza que custa só, eu disse só mil dólares. Perceba que é uma pizza com caviar, lagosta, salmão selvagem, queijos magníficos e tem até um pouquinho de ouro em pó.
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Você deve estar pensando que sou louco e que ninguém pagaria esse preço nos produtos acima. Pois para a sua surpresa a pizza acima vende muito bem obrigado e o anzol, longe de ser papo de pescador, já tem lá seu cliente vip.
.O caro não existe, o que existe é uma percepção de caro que está na mente do cliente. Todo vendedor diz que preço é o maior obstáculo para aumentar suas vendas, mas se todo mundo tiver preço bom, de que serviria o profissional de vendas?
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Valor é algo pessoal. O que é caro para você pode não ser tão caro assim para o outro. O que importa é o benefício que o produto gera. O importante é ter preço compatível com o mercado e perceba que as melhores empresas não têm necessariamente os menores preços. Evite falar em preço, procure usar o termo valor, assim você convencerá o cliente que muitas vezes vale a pena pagar um pouco mais para ter um benefício melhor.
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É o vendedor quem cria a percepção de valor. A estratégia de convencimento é sempre mostrar o valor agregado do produto, além da qualidade, assistência técnica e outros fatores. A imagem que você faz e vende para o seu cliente é decisiva na escolha final. Mostre sempre o quanto seu produto pode reduzir custos ou aumentar a qualidade.
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Qualidade custa. Na maioria das vezes o cliente quer preço, desconto e prazo. É um pedido legítimo. Por isso sempre demonstre e valorize a qualidade do seu produto e seja sincero em dizer no quê ele é melhor do que o do concorrente. Não dá para ter uma excelente qualidade e ao mesmo tempo ser o mais barato, mas ele pode ser o mais barato em relação a questões como durabilidade, resistência, design ou prestação de serviço. Cabe ao vendedor mostrar ao cliente que na verdade seu preço é justo.
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Procure o cliente certo. Não queira vender uma BMW para aquele que só pode comprar um fusquinha. Nada contra o Fusca, mas uma BMW é uma BMW! A noção de valor precisa ser compatível com o que o cliente pode gastar e não com o que ele poderia gastar. Faça com que o cliente perceba o valor. Lide com objeções com naturalidade, mas nunca perca de vista o foco da conversa e a noção de valor. Não embarque no papo do mais barato que aí você se torna tão igual quanto aos outros.
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Não entregue o ouro. É claro que todo vendedor tem uma margem de negociação, mas não entregue todo o ouro logo no início da conversa. Há vendedores que logo de cara mostram a tabela, até onde podem ir e qual o desconto máximo. Esquecem de falar e valorizar o produto e ficam só na discussão de preço, preço e preço. Será que em todas as ocasiões é preciso dar o desconto máximo? Todo cliente merece o maior desconto? Imagine em quanto você pode aumentar seu rendimento anual se conseguir deixar de dar pelo menos x% do desconto total. Sua comissão agradece! Valorize o seu trabalho, Mostre o valor do produto e também se dê o devido valor como profissional.
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Agora comece a praticar e nunca se esqueça do lema: Não venda preço, venda valor!
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