segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Imóvel terá crédito menor e mais caro

Destak / SP
A poupança está no limite para financiar casa própria e falta de recursos deve ser sentida em 3 anos
O crescimento acelerado dos financiamentos para a casa própria começa a preocupar alguns setores, que estimam não haver recursos da poupança, a principal fonte de recursos do crédito imobiliário (95% do total), para além de três anos.

Com a escassez, a tendência é de o crédito para empréstimos ficar menor e mais caro.

O problema é que a poupança não está acompanhando o salto dos empréstimos habitacionais. Enquanto a caderneta cresce 20% ao ano, o crédito imobiliário expande-se 50% no mesmo período, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), como mostra reportagem do jornal Diário de S.Paulo.

O mercado já está buscando alternativas para suprir o esgotamento da poupança. Uma delas é a securitização, uma espécie de "empacotamento" de títulos que seriam vendidos a investidores para levantar recursos, um sistema parecido com a oferta de títulos públicos feita pelo governo federal.

Prestação mais elevada

Apesar de os especialistas do setor garantirem que não vai faltar recurso para o financiamento da casa, o crédito deve ficar mais caro a partir de 2015, data-limite para o saldo da poupança se esgotar.

Um dos motivos do encarecimento é que o índice que reajusta as parcelas e a poupança deve mudar da Taxa Referencial (TR) para o IPCA, a inflação oficial do governo.

Essa troca seria uma alternativa para os bancos atraírem mais investidores à poupança e, assim, conseguir mais recursos para imóveis. Mas, por outro lado, a mudança de indexador tornaria mais caros os empréstimos.

Para se ter ideia do impacto, em um financiamento de R$ 100 mil em 20 anos, o valor da última prestação, se substituirmos a TR pelo IPCA, subiria 90%.

Caixa aceitará novos limites do 'Minha Casa' em abril

O Dia / RJ
Os novos valores máximos dos imóveis que poderão ser financiados pelo programa habitacional 'Minha Casa, Minha Vida' passarão a ser aceitos pela Caixa Econômica Federal em suas agências a partir do mês de abril. Nas regiões metropolitanas do Rio, São Paulo e Distrito Federal, o valor máximo das unidades subirá de R$ 130 mil para R$ 170 mil, conforme decisão do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Outras regiões com menos população também tiveram os tetos modificados. O programa de crédito com juros menores beneficia famílias com renda mensal de até R$ 4.900.

A resolução determinando os novos valores foi publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira. A Caixa tem 60 dias para fazer ajustes no sistema e começar a operar com os novos limites.

"Queremos colocar os novos valores em prática no menor prazo possível", afirmou Jorge Hereda, vice-presidente de governo da Caixa.

Atraso na entrega de imóvel gera lucro cessante

R7
O lucro cessante, prejuízo que causa perdas financeiras a quem contrata um serviço ou compra um produto, é o argumento que move a maioria das ações na Justiça, quando se trata de atraso na entrega de imóvel. A informação é do presidente da Associação de Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), Marco Aurélio Luz. Ele afirma que os atrasos, na sua maioria, ocorrem por neglicência das construtoras.

Caixa terá de indenizar cliente por duas horas de fila

A Justiça Federal no Rio Grande do Norte condenou a Caixa Econômica Federal a pagar uma indenização por danos morais a um cliente que ficou duas horas na fila esperando para sacar um benefício do Bolsa Família. A sentença foi do juiz Fábio Bezerra, da 7ª Vara Federal. Ele definiu que o banco deverá pagar R$ 2 mil de indenização. O magistrado acolheu a denúncia e ressaltou a lei municipal número 5.671/2005, que define o tempo máximo de espera em fila bancária.
A legislação do município de Natal determina que todas as instituições bancárias não podem deixar o cliente em fila aguardando por mais de 30 minutos. Embora editada há seis anos, os órgãos de defesa do consumidor ainda não conseguiram fazer os bancos cumprirem a lei. Essa foi a primeira condenação no Rio Grande do Norte punindo o banco por deixar o cliente esperando em fila.

A vez das franquias imobiliárias

Elas já somam 15 marcas em todo o Brasil, mas até três anos atrás, poucos se arriscavam a apostar. As franquias imobiliárias aproveitaram o embalo do crescimento do setor para conquistar espaço e profissionais.

A Re/Max, por exemplo, está presente em 83 países, com cerca de 100 mil corretores em mais de 7 mil unidades franqueadas. E a velocidade com que chegou ao Brasil é expressiva: em pouco mais de um ano e meio, a Re/Max está presente em 16 estados com 125 franquias.

Conversamos com a Diretora da Re/Max, em Niterói, no Rio de Janeiro, e usuária do Redimob, Cristiane Souza, que postou em seu blog sobre Franquias Imobiliárias. Segundo ela, a principal vantagem de se trabalhar em franquias é o trabalho em parceria, pois 60% das negociações são feitas entre franquias.

“Não somos concorrentes. Somos parceiros. Quanto mais franqueados tivermos, maiores as oportunidades de negócios gerados e fechados,” explica em seu blog.

Cristiane vê de forma positiva este novo momento no mercado imobiliário. “Trabalhar no ramo de franquia trás um enorme avanço para o setor, onde a forma de se trabalhar ainda é bem antiquada e com os clientes cada vez mais exigente”, explica.

Segundo o site da empresa, este modelo de gestão foi criado em 1973 nos EUA pelo corretor de imóveis Dave Liniger. Ao analisar o mercado, verificou que uma boa parte das empresas não era rentável devido não só aos custos que tinham, mas também à incapacidade para reter os melhores negócios com equipes compostas por profissionais pouco produtivos e desmotivados.

Outras marcas também conquistam espaço no ramo de franquias. A também norte Americana Century 21 está presente em 73 países, com mais de 8000 agências imobiliárias, jurídica e financeiramente independentes.





Crédito negado na compra do imóvel. E agora?

O sonho do imóvel próprio nunca esteve tão próximo. As condições financeiras estão de acordo com o valor a ser pago no financiamento, a casa ou o apartamento são perfeitos. No caso de aquisições na planta, o financiamento acontece em duas etapas, onde na primeira paga-se diretamente à construtora ou incorporadora. 

Porém, até a entrega das chaves tudo pode acontecer. Sua renda diminuir, problemas financeiros acontecerem. E o sonho que parecia tão certo, desmorona com o crédito negado.

O que fazer? O presidente do Instituto IBEI, Paulo Viana, comentou sobre o assunto no Blog do Estudos Imobiliários IBEI no Redimob, e explica que neste caso, a solução pode ser obter empréstimo em valor menor (máximo possível) e complementar o pagamento com recursos obtidos de outra fonte (venda de automóvel, venda de outro imóvel, penhora de jóias, empréstimo pessoal, etc.). “Pode-se negociar com o construtor diretamente a diferença, ou ainda, incluir outro parente como membro do grupo familiar para completar a renda necessária para obter o financiamento.

Fique atento. Algumas construtoras fazem parcerias com instituições financeiras, ou com agentes das mesmas, e recebem comissões pela captação do financiamento. Mas não é correto cobrar do cliente se este opta por outra instituição. “Entendo que o consumidor deve ser livre para contratar com a financeira que melhor atenda seu perfil e interesses e que a imobiliária não pode cobrar outros valores além dos estabelecidos contratualmente, como preço, emolumentos cartoriais, impostos, etc.

Quando você pensar em financiamento, lembre-se: quanto maior o prazo do contrato, mais juros você pagará pelo imóvel. Segundo o site Casas na Web, se a taxa for de 10% ao ano, por exemplo, a cada 10 anos de financiamento, você paga o valor de mercado de um imóvel só de juros, além de correção monetária e o valor do próprio financiamento. Sabendo disto, procure comprar o menor imóvel dentro de suas necessidades atuais, dê o máximo de entrada possível, e financie pelo menor prazo dentro de sua capacidade de pagamento.

Preços de imóveis atingiram pico em 2010, diz Secovi-SP

SÃO PAULO – Os preços dos imóveis já atingiram o pico no Brasil no ano passado, afirmou o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana.
Entre os anos de 2007 e de 2009, os valores passaram por considerável reajuste, após anos de retração, e atingiram um alto patamar no ano passado.
“Em 2010, os preços já atingiram o limite na escalada de alta e não sofrerão grandes mudanças, meramente acompanhando os índices da inflação e as eventuais flutuações tópicas de procura, em quarteirões específicos de bairros especiais”, disse Crestana, para quem a demanda deve estar estável neste ano.
Compra?
De acordo com Crestana, é indicada sim a compra de imóvel para morar ou investir em 2011, porém ele não aponta este negócio para especuladores.
“Este investidor deve se concentrar no mercado de papéis, moedas e derivativos. Imóvel, como investimento, é complemento de renda tão somente”, afirmou.
Para quem vai comprar imóvel, Crestana indica que seja feito com cautela, análise, estudo de mercado e acompanhamento profissional, seja de advogados, corretores ou engenheiros.
“Nunca se deve ceder a meros impulsos em aquisição de tal importância – em média, uma pessoa comprará pouquíssimos imóveis durante sua vida”.

Por InfoMoney, InfoMoney

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Proprietário poderá pedir imóvel alugado de volta em menos tempo

Extra / RJ, Danielle Abreu

Os proprietários de imóveis alugados poderão pedir a unidade de volta a qualquer hora, a partir do primeiro ano de contrato de locação, com prazo de 60 dias para desocupação. É o que prevê o Projeto de Lei 25/2010, que está em tramitação no Senado. Atualmente, o pedido de devolução sem justificativa pode ser feito do 30 mês do contrato em diante, ou seja, após dois anos e meio.

Para o autor do projeto, senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), essa pode ser uma maneira de ampliar a oferta de imóveis para alugar e, assim, segurar os preços.

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi Rio), Pedro Wähmann, entretanto, não vê a proposta como uma forma de incentivar o mercado que, segundo ele, está funcionando de forma equilibrada desde a reforma da Lei do Inquilinato, no ano passado.

— O ideal seria que as partes pudessem negociar, ao assinar o contrato, qual seria o prazo permitido para o pedido de devolução não justificada do imóvel. Mas não acho necessário reduzir esse prazo de 30 meses para 12 meses. Isso tiraria a estabilidade mínima do locatário — disse o presidente do Secovi Rio.

Despejo

Em 2010, a nova Lei do Inquilinato acelerou o despejo em caso de falta de pagamento, mas não tratou da chamada denúncia vazia, que é a devolução imotivada do imóvel a qualquer hora. O projeto 25/2010, que prevê isso, aguarda nomeação de relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Secovi: comprador deve reclamar na Justiça

Extra / RJ, Maria Clara Serra


De acordo com o Ministério das Cidades, que fixa as regras do "Minha casa, minha vida", a Caixa é o agente financeiro do programa e, por isso, é o banco que determina como serão avaliados os imóveis e estipula as condições de financiamento para cada perfil de mutuário.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Caixa informou que a unidade em questão estava enquadrada nos limites do programa, mas...

"Durante a fase de construção foi pedida à Caixa, pela construtora, uma reavaliação das unidades e, em decorrência das variações de preço do mercado, 210 apartamentos foram reavaliados por valor acima do limite máximo estabelecido pelo programa", explicou o banco, em nota.

No jogo de empurra, ninguém assume a responsabilidade, mas as construtoras aumentam a margem de lucro e o consumidor fica atrelado à compra de um bem que não necessariamente terá condições de pagar.

De acordo com Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi Rio), o consumidor pode e deve entrar na Justiça:

— Isso é lesão ao consumidor. Não é possível subir o preço do imóvel já adquirido.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Inflação da construção civil é de 0,27% em janeiro, segundo IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,27% em janeiro, segundo Instituto dados do Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (8/2). A variação ficou 0,01 ponto percentual acima do verificado em dezembro.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em dezembro havia sido R$ 769,06, em janeiro passou para R$ 768,44, sendo R$ 436,29 relativos aos materiais e R$ 332,15 à mão-de-obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,32%, recuando 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,43%), enquanto a mão-de-obra registrou aceleração de 0,15 ponto percentual, passando de 0,05% em dezembro para 0,20% em janeiro.

Região Nordeste teve maior alta

Pressionada pelos reajustes salariais do Piauí, a Região Nordeste, com alta de 0,46%, ficou com a maior taxa regional em janeiro. Os demais resultados foram: 0,37% (Norte); 0,21% (Centro-Oeste); 0,16% (Sudeste) e 0,14% (Sul).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 809,06 (Sudeste); R$ 779,58 (Norte); R$ 755,14 (Centro-Oeste); R$ 752,44 (Sul) e R$ 726,65 (Nordeste).

Piauí e Tocantins se destacaram

Devido à pressão exercida pelos reajustes salariais decorrentes de acordos coletivos, Piauí e Tocantins registraram as maiores taxas mensais, respectivamente, 4,19% e 3,00%. Os estados que apresentaram as menores variações foram: Mato Grosso (0,04%); Alagoas (0,08%); Roraima, Amapá e Rio Grande do Sul, todos com taxa de 0,09%.

Do Correio Braziliense

Imóvel supera todos os investimentos

Dados das consultorias econômicas e agências financeiras confirmam: imóvel se consolidou como o melhor investimento dos últimos três anos. No segundo governo do então presidente Lula, de 2007 a 2010, a opção imóveis passou a oferecer boa rentabilidade e a engordar o patrimônio dos investidores.
Imóvel superou as mais badaladas e tradicionais aplicações, bem como bolsa de valores, dólar, ouro, CDI entre outros. Vejamos e analisamos os números da valorização:

2010 2008 2007

Imóveis 32,8% 42,6% 59,4%
Ouro 32,3% 28,2% 8,5%
Bolsa 1,0% 84,6% 35,5%
CDI 9,8% 20,6% 23,5%
Poupança 6,9% 14,4% 7,0%
Dólar 4,6% 25,6% 69,4%
Inflação 5,9% 10,5% 17,0%

Pelo que se vê, o ativo imóvel rendeu bons dividendos no Brasil inteiro, inclusive, na capital alagoana. Quem adquiriu apartamento, casa e, terreno principalmente, teve um ganho espetacular no período de três anos.

Em alguns casos e em determinados bairros de Maceió, cuja cidade tem uma forte demanda reprimida por moradia, os preços dos imóveis dobraram no intervalo de 24 a 36 meses.

Isso fez parte do passado. Agora, 2011, governo novo e novas perspectivas. Qual será o melhor investimento para os próximos três anos? Imóvel? Pode ser que sim. Pode ser que não. Afinal, esse ativo está valorizadíssimo, o que de certa forma diminui as probabilidades de ganhos. E bolsa de valores vai voltar ao patamar da primeira gestão do então presidente Lula, cujas ações consideradas blue chips – Petrobras e Vale – deram retorno aos investimentos bem acima de 100%.

Uma coisa é certa: a poupança vai continuar oferecendo aquele rendimento acanhado. O dólar somente é vantajoso para quem necessita de urgência para fazer alguma viagem ou curso lá fora.

Bem, toda essa análise para o futuro, está no campo das probabilidades. Pode ser que sim. Pode ser que não. Quem possuir um dinheiro extra e quiser investir, precisa analisar com cuidado sempre observando os princípios da razoabilidade e da necessidade de seu bolso.

Fonte: Alagoas Negócios

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Governo eleva preço máximo para Minha Casa, Minha Vida

BRASÍLIA - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu elevar nesta quarta-feira o preço máximo dos imóveis enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida.
O teto para imóveis localizados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil, informou a assessoria do Ministério do Trabalho e Emprego, após reunião do Conselho, em Brasília.
Nas demais capitais, o valor máximo do imóvel dentro do programa foi elevado de R$100 mil para R$ 150 mil.
Para municípios com população a partir de 250 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, o valor máximo passará de R$ 80 mil para R$ 130 mil.
Outra mudança acertada foi a elevação do valor máximo para cidades com população a partir de 50 mil habitantes, de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Para os demais municípios, o valor segue em R$ 80 mil.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Mudança no financiamento de imóvel amplia opções

Correio do Estado / MS, INFOMONEY
Com as mudanças dos valores-teto para financiamentos de imóveis com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), as famílias de baixa renda terão mais opções disponíveis no mercado.
Na última quarta-feira (2), o Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) decidiu aumentar o teto dos valores dos financiamentos imobiliários realizados com recursos do fundo. E a medida também abrange os imóveis que participam do programa habitacional do Governo, "Minha Casa, Minha Vida".

"Muitos negócios não estavam se viabilizando em virtude do desenquadramento do valor do imóvel ao programa. Agora, os preços estão ajustados à realidade de todo o Brasil", afirmou o presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), João Crestana.

Mudanças
Com a mudança, nas regiões metropolitanas do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, o teto passa a R$ 170 mil. E nas demais capitais brasileiras com mais de um milhão de habitantes, os valores vão até R$ 150 mil. Nos municípios com mais de 250 mil habitantes ou inseridos em regiões metropolitanas, o teto passa a ser de R$ 130 mil.

Já em municípios com mais de 50 mil habitantes, o teto passa a R$ 100 mil e para as demais cidades, o valor máximo que pode ser financiado com recursos do FGTS é de R$ 80 mil.

Apesar das mudanças dos valores máximos, a renda familiar para aprovação da utilização do fundo para financiamentos imobiliários se manteve em R$ 4,9 mil para regiões metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e em R$ 3,9 mil para as demais regiões.

Readequação do mercado
De acordo com Crestana, agora é preciso esperar o comportamento do mercado após as mudanças para adotar possíveis ajustes.

"É muito positiva essa readequação dos valores dos imóveis à realidade das cidades, pois a inflação acumulada desde 2007 foi de aproximadamente 20%. A medida é o caminho da consolidação de uma política perene de Habitação para o País. Mas esperávamos um significativo realinhamento das rendas das famílias, que permanecerão as mesmas", disse Crestana.

Para o presidente do Secovi-SP, as alterações atendem parcialmente as reivindicações dos empresários do setor que, segundo ele, há meses negociam as mudanças estrututurais do programa. "O trabalho não se esgota e teremos ainda muito diálogo com o governo, assim como tem sido feito até agora", afirmou Crestana.

Veja crédito da casa sem dar entrada

Agora / SP, Livia Wachowiak Junqueira, Marcelle Souza e Luciana Lazarini

Apesar de o teto do financiamento habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida ter sido elevado de R$ 130 mil para R$ 170 mil nesta semana, na prática, o mutuário conseguirá fazer um financiamento menor, de até R$ 134 mil, segundo os cálculos do economista Paulo Freire. O aumento é válido para imóveis da região metropolitana de São Paulo.

As contas foram feitas considerando que o valor total do imóvel seria parcelado em 20 anos, sem entrada.

Esse é o valor máximo que pode ser pago por uma família com renda mensal de R$ 4.900. Como não é possível comprometer mais de 30% da renda com o pagamento das parcelas do imóvel, esses mutuários não conseguem um financiamento integral de R$ 170 mil.

"O corretor de imóveis estará entre as cinco melhores profissões do futuro"

Estamos em pleno século XXI e numa constante mudança tecnológica, de comportamento. Diante desse quadro, o profissional precisa reavaliar conceitos e ações, porque só assim ele estará à frente no mercado. Mas quem são os corretores de imóveis do Século XXI? Como agem? Qual seu perfil? Estas são questões a serem respondidas por Otávio Bruno Sá, diretor da Neo Ponto, que fará uma palestra sobre o tema: "O corretor de Imóveis do Século XXI", durante o Corretor Show. O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de novembro no Rio de Janeiro, reunindo os melhores profissionais e debatendo tendências do mercado imobiliário. 

Como você define o perfil do corretor de imóveis do século XXI?

Antes de tudo, o profissional do século XXI é atualizado, tanto no que se refere a conteúdo, quanto ao contato com as novas tecnologias, antenado às tendências mercadológicas. Dessa forma, é um profissional que consegue prever acontecimentos e se antecipar a eles, é um visionário. 

O que diferencia o antigo e o novo profissional?

A maneira de pensar e agir do novo profissional é atualizada. Seu tempo é valioso, daí sua ligação com as novas tecnologias e a busca pela excelência constante. 

De que forma este profissional encara seus clientes? Que técnicas de vendas e comportamento que este novo corretor se vale para fidelizar clientes e fazer bons negócios?

O profissional do século XXI deve pensar em seus clientes de maneira profissional e objetiva, priorizando o bom relacionamento para atender, acima de tudo, as reais necessidades do cliente. Sem este foco as técnicas de venda perdem seu efeito, sendo irrelevantes. O trabalho de um corretor é assessorar e assegurar que o cliente faça sempre o melhor negócio, com essa preocupação a fidelização é o resultado de um relacionamento ético e saudável, que coloca o fechamento do negócio como consequência ao respeito das necessidades do cliente. A ideia basicamente é, “eu perco o negócio, mas não perco o cliente”, aliás dessa forma você fideliza o cliente garantindo muito mais negócios. 

De que forma você avalia os profissionais do mercado atualmente? A grande maioria tem o perfil de um corretor do século XXI? Se não, o que é necessário para que alcance este perfil?

Partindo do princípio que estamos vivendo na era do conhecimento, onde o conteúdo relevante e as informações privilegiadas colocam os profissionais em patamares diferentes, temos um despreparo generalizado no mercado. A busca por informações ainda não faz parte do cotidiano dos profissionais do mercado, e partindo do pressuposto de que um corretor deve assessorar seu cliente, estar seguro e informado é fundamental para o relacionamento e aumento de confiança entre os dois. Dessa forma, infelizmente a grande maioria dos profissionais do mercado não tem o perfil do corretor do século XXI. Mas isso não acontece apenas com eles, a falta de informação, ou da busca por ela, impede a análise do presente e visão de futuro, deixando sempre o profissional para trás, sem se antecipar aos fatos, apenas seguindo as tendências, nunca encabeçando elas. Hoje existem vários eventos de qualidade voltados para os mais diversos setores, assim como para corretores, mas o que observo é a baixa adesão dos profissionais. 

Um exemplo da falta de visão de futuro é a quantidade de negócios perdidos oriundos da Copa do Mundo, que acabaram passando para as mãos de grupos de investidores internacionais e olha que para entender esse evento não é preciso tanto estudo e previsões, pois o mesmo já está no calendário.